terça-feira, 8 de maio de 2012

Efeitos do Campo Electromagnético Sobre a Saúde Humana na Gama dos 300 Hz aos 300 GHz

Os efeitos do campo electromagnético têm sido objecto de variadíssimos estudos. Em particular,os que se focalizam nos aspectos relacionados com a saúde humana têm vindo a ter cada vez maior impacto.

Os efeitos biológicos do campo electromagnético às frequências das redes de distribuição de energia eléctrica de 50 Hz e 60 Hz são do conhecimento genérico das pessoas, no que respeita aos seus efeitos imediatos ou a curtos prazo, mesmo no ambiente doméstico. Por este motivo desde há bastantes décadas são estabelecidas normas técnicas e legislação compulsiva, tendo em vista a protecção das pessoas e equipamentos, o mesmo acontecendo com as protecções contra descargas atmosféricas.



Nesta publicação vamos esclarecer determinados aspectos no âmbito dos efeitos provocados pelas radiofrequências.

Para frequências até cerca de 100 kHz a excitabilidade dos tecidos humanos é um factor determinante, pelo contrário para frequências superiores a 1MHz, são dominantes os fenómenos de aquecimento, quer local, quer global.

Deste modo, para frequências até 100 kHz o que interessa fundamentalmente é a densidade de corrente nos tecidos (A/m^2), pelo contrário, para frequências superiores a 1 MHz, é a potência especifica absorvida, ou seja, a potência absorvida por unidade de massa (W/Kg), conhecida pela sigla SAR, a grandeza com mais interesse. Na zona de transição é necessária considerar simultaneamente os dois aspectos.

De notar que os efeitos fundamentais amenos de 100 kHz têm a ver não tanto com o campo magnético, mas sim com a sua derivada temporal. Por esse motivo, uma forma de onda em dente de serra, tipicamente gerada pelos circuitos de varrimentos dos osciloscópios, corresponde na verdade a efeitos também a frequências mais elevadas, particularmente durante o retorno do feixe. O mesmo se pode dizer da "onda contínua" sujeita a modelação de amplitude tudo ou nada, e às harmónicas a corrente consumida da rede de distribuição.

(continua)

FONTE:
Eduardo S Saraiva
Instituto de Telecomunicações, 3000 Coimbra, Portugal

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